17 de ago. de 2010

Um caminho de bem-aventurança


Um caminho de bem-aventurança

“Como outra Raquel, nunca percas de vista o teu ponto de partida. Conserva o que tens, continua fazendo o que fazes agora. Não te detenhas, antes avança com confiança e alegria, com passo ligeiro e pé seguro, pelo caminho da bem-aventurança que te espera”
Com estas expressões de ânimo e estímulo, Santa Clara exortou, numa de suas cartas, a Clarissa tcheca, Santa Inês de Praga. E estas palavras ressoaram também no coração de todas as suas filhas espirituais, no decorrer dos séculos.
Uma fileira interminável de Clarissas respondeu e responde ao apelo de Clara de Assis, “avançando com passo ligeiro e pé seguro no caminho da bem-aventurança”, da santidade. É um apelo do próprio Deus, que nos convida ser santas, como Ele é santo. Jesus disse: “Sejam perfeitos, como o Pai Celeste é perfeito!”
A história particular de cada mosteiro guarda a lembrança de irmãs santas, que passaram sua vida na simplicidade, na obscuridade, na fidelidade a Deus e à Igreja. Deixaram o perfume de sua vida penetrada de Deus, de suas santas virtudes, no silêncio e no anonimato. Algumas, muito poucas, por desígnio de Deus, tiveram seus nomes conhecidos e reconhecidos como Bem-aventuradas e Santas, pela Igreja.
Além da própria Santa Clara, a Ordem por ela fundada, conta com nove Santas canonizadas e perto de cem Bem-aventuradas. Isso, sem falar de um grande número de Veneráveis e de Servas de Deus, cujos Processos de Canonização estão em andamento na Cúria Romana.
Entre as Santas Clarissas estão Santa Inês de Assis, irmã de Santa Clara e também Santa Inês de Praga, princesa da Boêmia, a quem Clara escreveu algumas cartas, plenas de espiritualidade e de vida! Podemos citar também a rainha santa de Portugal, Santa Isabel, cuja mãe, a Bem-aventurada Constância de Aragão e da Sicília, foi também Clarissa.
Entre as Clarissas Bem-aventuradas, podemos citar a própria mãe de Santa Clara, Hortolana, sua irmã Beatriz, suas primas Balvina e Amata, a amiga Pacífica e várias outras de suas companheiras em São Damião. Outras se sucederam depois, em inúmeros mosteiros: Isabel da França, Helena Enselmini, Salomé de Cracóvia, Iolanda da Hungria, Matia de Matélica, Iluminata Bembo, Jacoba Policino,  Clara de Rímini, Madalena Martinengo, Ângela Astorch, Josefina Leroux, e muitas outras. Muitas delas, inclusive, foram mártires.

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